domingo, 29 de abril de 2012

O ensino da língua portuguesa é vital ao desenvolvimento de outras disciplinas


Quando na década de 80 o então presidente José Sarney lançou o Plano Cruzado, que tinha o fim de combater a inflação e estabilizar a economia, um cidadão de Curitiba, à pergunta se a situação tinha melhorado, vacilou, tremeu os lábios, gaguejou um pouco e disse, por fim: "está piorando menos".

É o que está ocorrendo com nosso ensino. Ainda é ruim em muitos níveis e áreas? É. Mas está piorando menos. Há vários indicadores dessas melhoras e uma delas é que agora temos uma universidade, a USP, entre as 70 mais importantes do mundo. É pouco ter uma única universidade brasileira entre as cem mais? É. Mas está piorando menos.

Ainda temos sérias deficiências, apesar de passos decisivos dados nas direções corretas, tanto no setor público como no privado. Boa parte dos médicos mais qualificados dos hospitais referenciais do Brasil estudou em escolas públicas, o mesmo acontecendo nos concursos para ocupação de carreiras de Estado e postos gerenciais nas empresas.

Nessas mudanças, o ensino da disciplina língua portuguesa cumpre função estratégica. Os professores de quaisquer outras matérias alcançam mais facilmente os objetivos traçados nos projetos pedagógicos, se eles e os alunos são bons em português!

É frequente que haja prejuízos mútuos no processo de ensino e aprendizagem quando proliferam erros constantes de ortografia e sintaxe. Na Medicina e no Direito, tais equívocos podem matar o paciente ou levar o cliente para a cadeia. A diferença entre veneno e remédio pode ser uma letra apenas. E um enfermeiro que lê mal uma instrução do médico pode matar aquele que ambos querem salvar.

Apesar de erros ortográficos serem os mais fáceis de perceber, os prejuízos da falta de clareza e de lógica, na fala como na escrita, se não são decisivos como o são na Medicina e no Direito, são igualmente deploráveis. E por quê? Porque quem fala e escreve sem clareza dá indícios de que ouve e lê pouco, e essa deficiência é capital para muitas outras.


Por Deonísio da Silva. Escritor, doutor em letras pela USP, professor e vice-reitor de Cultura e Extensão da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, membro da Academia Brasileira de Filologia.
Fonte: http://revistalingua.uol.com.br/textos/78/apoio-estrategico-255324-1.asp

domingo, 22 de abril de 2012

Reportagem sobre livro de Caio Fernando Abreu


    A edição 41 da Revista Literatura, Escala Editores, traz uma interessante análise do romance ONDE ANDARÁ DULCE?, do nosso Caio Fernando Abreu:
De mercúrio em mercúrio: uma leitura de Onde andará Dulce   Veiga?, de Caio Fernando Abreu
    O escritor Caio Fernando Abreu, nascido em 1948, em Santiago do Boqueirão e falecido em Porto Alegre, em 1996, ocupa uma posição de grande destaque não apenas na literatura gaúcha como na brasileira, como excepcional contista e autor de dois romances:Limite Branco (1970) e Onde andará Dulce Veiga? (1990). É este último romance que será objeto de nossa análise dentro da perspectiva da crítica do imaginário, corrente hermenêutica de caráter indisciplinar. O grande nome destes estudos é, sem dúvida nenhuma, Gilbert Durand, discípulo de Gaston Bachelard, que vem desenvolvendo pesquisas na área há mais de 40 anos

segunda-feira, 9 de abril de 2012

CONVITE SEMINÁRIO


O Curso de Letras, da Ulbra Polo Santiago,convida  educadores,  alunos e comunidade para participar do seminário  RESSIGNIFICANDO CONHECIMENTO, nos dias 23, 24 e 25 de Abril, a partir das 19h  30m, no auditório do Polo.
                 O valor do seminário é de R$ 25,00 , e os participantes com 80% , de presença, receberão, após a entrega de um artigo, o certificado  de 40hInscrição na ULBRA Polo Santiago, rua Coronel Tuca , Vila Itu.